segunda-feira, 31 de março de 2014

Este jovem italiano criou uma caneta para invisuais


Em http://p3.publico.pt/vicios/hightech/11453/este-jovem-italiano-criou-uma-caneta-para-invisuais

Filippo Fiumani, artista italiano de 26 anos, criou uma caneta para invisuais, mas até lá chegar desenhou em bananas, espalhou-as por Lisboa, e também se inspirou em tatuagens de prisioneiros russos

Texto de Maria João Lopes • 28/03/2014 - 11:20


O jovem artista italiano de 26 anos estava quase a desistir da ideia quando pôs a última caneta que construiu nas mãos de Francisco Vicente, invisual de 49 anos. “Juro que nunca vi uma expressão assim tão forte na cara de uma pessoa. ”Filippo Fiumani desenvolveu vários protótipos de uma caneta que faz desenhos em relevo até chegar ao resultado final que apresentou no âmbito de um mestrado: chama-se Le Mani e é um objecto leve, movido a electricidade, que vai criando relevo no papel à medida que é usado e que pode ter aplicações não só no campo artístico, mas também educativo.

 

A caneta é para toda a gente, mas o sentido final do instrumento foi pensado para que quem não vê possa desenhar e ainda perceber o que os outros desenham, através do relevo criado. Filippo Fiumani teve 20 valores com este projecto que desenvolveu durante seis meses, ao longo do mestrado em Design de Produção no IADE — Creative University, em Portugal.

 

Antes de ter pedido a Francisco Vicente (conhecido por Frank), que perdeu a visão aos 21 anos, para experimentar a última caneta que concebeu, Filippo Fiumani já começava “a achar que estava a tentar dar um fim a uma coisa que realmente se calhar ninguém precisava”. Hoje está tão confiante na utilidade da caneta que até já tem mais ideias para aperfeiçoá-la e tentar convencer financiadores a comercializá-la.

 

Apesar de haver no mercado outras canetas pensadas para serem usadas por invisuais, de uma forma geral, aquela criada por este artista é sobretudo para desenhar ou perceber o que os outros desenham. Tem uma ponta que funciona como uma agulha, que vai furando e criando relevo no verso do papel, e que é movida por um pequeno motor — alguns protótipos funcionam através de pilhas ou baterias, outros, como o último, trabalham directamente ligados a uma tomada eléctrica. Agora a ideia de Fiumani é precisamente retirar essa parte eléctrica, fazendo com que o movimento não dependa deste tipo de energia. O criador quer tornar a caneta não só mais autónoma, mas também ecológica.

 

Filippo Fiumani é natural de Loreto, em Itália, embora tenha vivido sempre em Osimo. Em 2010 chegou a Portugal, para fazer Erasmus em Lisboa, e, embora pelo meio tenha viajado e passado mesmo uma temporada em Florianópolis, Brasil, é por Portugal que tem andado nos últimos quatro anos e é por cá que quer ficar. Já passou também por Peniche, esteve numa empresa em que aprendeu a arranjar e a fazer pranchas de surf – a modalidade é uma das paixões que tem, a par de muitas outras, como o desenho, as tatuagens dos marinheiros e dos prisioneiros russos, a iconografia dos santos… Até 1 de Abril, Filippo Fiumani tem mesmo uma exposição na Fábrica Features, no Chiado, em Lisboa, que se chama "Santos, Marinheiros e Barbudos".

 

Bananas grafitadas

Quando começou a pensar na tese de mestrado que teria de entregar, no trabalho que iria desenvolver, Filippo Fiumani não pensava fazer uma caneta que pudesse ser usada por invisuais. Isso acabou por acontecer, mas não foi programado desde início. Neste caso específico, o que o inspirou mesmo foram as tatuagens dos prisioneiros russos ou o método usado por eles para gravarem imagens no corpo.

 

“Comecei a estudar como é que os presos russos faziam as tatuagens na prisão. Qual era o instrumento? Inicialmente usavam uma agulha e faziam uma tinta com borracha queimada. Queimavam a borracha, a cinza era posta num pano, urinavam para aí e o líquido que caía era o que usavam para molhar a agulha [e se tatuarem] ”, explica. Com o tempo, “começaram a substituir o puro trabalho manual” por uma agulha já com motor, que conseguiam aplicar, retirando, por exemplo, a bateria de algum walkman disponível nas prisões para os reclusos ouvirem música.

 

Fiumani não criou logo a caneta final, a que considera mais conseguida do ponto de vista da leveza e do manuseamento. Criou vários protótipos até lá, experimentou diferentes superfícies, como tecido, madeira, fruta. Uma manhã, quando acordou e foi buscar, como sempre faz, uma banana para comer, olhou para ela e começou a experimentar a caneta, a fazer desenhos na superfície amarela.

 

A partir daí, decidiu levar as experiências mais longe e começou a pendurar bananas desenhadas em vários sítios de Lisboa e a trocar as que estavam no supermercado pelas da sua autoria. “O engraçado é que [no supermercado] levavam sempre as pintadas. Uma vez entrei, deixei lá umas dez e depois fui dar uma volta, comprar um pouco de massa... Estava lá um menino que se virou para outro e disse ‘olha, olha, João, chegaram as bananas grafitadas da Colômbia!”, conta. Havia quem tirasse fotografias e quem... ( CONTINUA EM http://p3.publico.pt/vicios/hightech/11453/este-jovem-italiano-criou-uma-caneta-para-invisuais )





sexta-feira, 28 de março de 2014

Congresso rejeita criação de bolsa para mestrado profissional

Em http://noticias.r7.com/educacao/noticias/congresso-rejeita-criacao-de-bolsa-para-mestrado-profissional-20140328.html

Icone de Educação Educação

publicado em 28/03/2014 às 00h10:

Programa prevê bolsas mensais por um período de dois anos

Da Agência Câmara

A Comissão de Educação rejeitou o Projeto de Lei 5105/13, do deputado Guilherme Mussi (PSD-SP), que institui o Programa Nacional de Bolsa de Estudo para Mestrado Profissional – Pós-Graduação Stricto Sensu.

Regulamentado pela Portaria Normativa do Ministério da Educação (MEC) 07/09, o mestrado profissional diferencia-se do acadêmico por enfatizar estudos e técnicas diretamente voltadas ao desempenho profissional.

Pela proposta, o programa será financiado com recursos dos royalties do petróleo e da participação especial, previstos na Lei do Petróleo (Lei 9.478/97), e executado e administrado pelo MEC em conjunto com a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Ensino Superior (Capes).

O programa prevê bolsas mensais por um período de dois anos aos alunos de mestrado profissional reconhecido ou habilitado pelo MEC, cabendo ao ministério divulgar anualmente os valores das bolsas.
Relator na comissão, o deputado Izalci (PSDB-DF) reconheceu a importância do mestrado profissional como nova vertente de pós-graduação do País e destacou que já existem em andamento 338 programas desse tipo.

Entretanto, ao propor a rejeição do texto, Izalci afirmou que a regulamentação da concessão de bolsas de pós-graduação por meio de lei contraria o modelo exitoso que vem sendo amplamente utilizado no País.

— Esse modelo vai de encontro à organização e ao funcionamento do conjunto dos programas de fomento à formação de pessoal de alto nível no País, operados, no âmbito federal, basicamente pela CAPES e pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), explicou.

Segundo Izalci, são essas agências que normatizam e atualizam os programas voltados para a pós-graduação e a pesquisa.

— Nenhum desses programas é regulamentado por lei e essa é uma característica que assegura a flexibilidade necessária para sua implementação e atualização e tem sido um dos pilares do sucesso das políticas relativas a esse nível de formação, completou.

O relator lembrou ainda que, ao identificar as fontes de recursos para manutenção do programa, o projeto refere-se a dispositivos legais que não mais estão vigentes, como a Medida Provisória 592/12, cuja vigência foi encerrada 2013.

Tramitação

A proposta ainda será analisada, em caráter conclusivo, pelas comissões de... ( CONTINUA EM http://noticias.r7.com/educacao/noticias/congresso-rejeita-criacao-de-bolsa-para-mestrado-profissional-20140328.html )




Educação rejeita criação de bolsa para mestrado profissional

Em http://www.bonde.com.br/?id_bonde=1-12--270-20140327

27/03/2014 -- 14h27
Agência Câmara de Notícias

A Comissão de Educação rejeitou na quarta-feira (26) o Projeto de Lei 5105/13, do deputado Guilherme Mussi (PSD-SP), que institui o Programa Nacional de Bolsa de Estudo para Mestrado Profissional – Pós-Graduação Stricto Sensu.

Regulamentado pela Portaria Normativa do Ministério da Educação (MEC) 07/09, o mestrado profissional diferencia-se do acadêmico por enfatizar estudos e técnicas diretamente voltadas ao desempenho profissional.

Pela proposta, o programa será financiado com recursos dos royalties do petróleo e da participação especial, previstos na Lei do Petróleo (Lei 9.478/97), e executado e administrado pelo MEC em conjunto com a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Ensino Superior (Capes).

O programa prevê bolsas mensais por um período de dois anos aos alunos de mestrado profissional reconhecido ou habilitado pelo MEC, cabendo ao ministério divulgar anualmente os valores das bolsas.
Relator na comissão, o deputado Izalci (PSDB-DF) reconheceu a importância do mestrado profissional como nova vertente de pós-graduação do País e destacou que já existem em andamento 338 programas desse tipo.

Entretanto, ao propor a rejeição do texto, Izalci afirmou que a regulamentação da concessão de bolsas de pós-graduação por meio de lei contraria o modelo exitoso que vem sendo amplamente utilizado no País.
"Esse modelo vai de encontro à organização e ao funcionamento do conjunto dos programas de fomento à formação de pessoal de alto nível no País, operados, no âmbito federal, basicamente pela CAPES e pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq)", explicou.

Segundo Izalci, são essas agências que normatizam e atualizam os programas voltados para a pós-graduação e a pesquisa. "Nenhum desses programas é regulamentado por lei e essa é uma característica que assegura a flexibilidade necessária para sua implementação e atualização e tem sido um dos pilares do sucesso das políticas relativas a esse nível de formação", completou.

O relator lembrou ainda que, ao identificar as fontes de recursos para manutenção do programa, o projeto refere-se a dispositivos legais que não mais estão vigentes, como a Medida Provisória 592/12, cuja vigência foi encerrada 2013.

Tramitação

A proposta ainda será analisada, em caráter conclusivo, pelas comissões de... ( CONTINUA EM http://www.bonde.com.br/?id_bonde=1-12--270-20140327 )



terça-feira, 18 de março de 2014

Ciberespaço e Metaversos.

Capítulo disponível no livro

Mais uma lacônica viagem tempo e no espaço.


Primeira edição (2011):
http://www.cgled.blogspot.com.br/2013/03/livro-2011-mais-uma-laconica-viagem.html

Segunda edição(2014):
Disponível para aquisição em http://www.livrariasaraiva.com.br/produto/7245978

Segunda Vida para Consumo.

Capítulo disponível no livro

Mais uma lacônica viagem tempo e no espaço.


Primeira edição (2011):
http://www.cgled.blogspot.com.br/2013/03/livro-2011-mais-uma-laconica-viagem.html

Segunda edição(2014):
Disponível para aquisição em http://www.livrariasaraiva.com.br/produto/7245978

Cultura e notações.

Capítulo disponível apenas na segunda edição do livro

Mais uma lacônica viagem tempo e no espaço.


Primeira edição (2011):
http://www.cgled.blogspot.com.br/2013/03/livro-2011-mais-uma-laconica-viagem.html

Segunda edição(2014):
Disponível para aquisição em http://www.livrariasaraiva.com.br/produto/7245978

Um tanto a ver com Pedagogias e Currículos Culturais, Espaço e Tempo afora/adentro.

Capítulo disponível no livro

Mais uma lacônica viagem tempo e no espaço.


Primeira edição (2011):
http://www.cgled.blogspot.com.br/2013/03/livro-2011-mais-uma-laconica-viagem.html

Segunda edição(2014):
Disponível para aquisição em http://www.livrariasaraiva.com.br/produto/7245978

O Encastelamento da Escola Moderna em Tempos Contemporâneos.

Disponível no livro

Mais uma lacônica viagem tempo e no espaço.


Primeira edição (2011):
http://www.cgled.blogspot.com.br/2013/03/livro-2011-mais-uma-laconica-viagem.html

Segunda edição(2014):
Disponível para aquisição em http://www.livrariasaraiva.com.br/produto/7245978

quinta-feira, 13 de março de 2014

Cinema: Crowdfunding pode ser a solução para "Violeta"

Em http://jpn.c2com.up.pt/2014/03/12/cinema_crowdfunding_pode_ser_a_solucao_para_violeta.html

Por Filipa Mesquita - jpn@c2com.up.pt
Publicado: 12.03.2014 | 14:02 (GMT)
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Cinema: Crowdfunding pode ser a solução para "Violeta"

"Violeta é um filme sobre uma mulher. Ela é casada, vive fechada em si, no seu mundo, na sua rotina. Um dia olha-se. Vê. Vê um reflexo. Mas não se vê."
Foto: Raquel Carvalho

Rafaela Morgado vai apresentar como projeto final de Mestrado o documentário "Violeta". Para o conseguir finalizar, a finalista da ESMAE está a pedir financiamento através de uma campanha de crowdfunding. As ajudas podem ser dadas até 25 de abril.

"Violeta" é o nome do projeto de Rafaela Morgado, finalista do Mestrado em Comunicação Audiovisual na Escola Superior de Música, Artes e Espetáculo (ESMAE). A jovem de 25 anos está neste momento a produzir o documentário e precisa de financiamento para que este seja concluído.

Para isso, a realizadora recorreu a uma campanha de crowdfunding, através da Indiegogo. Como se pode ler na página, embora toda a equipa trabalhe em "pro bono", a contribuição monetária é essencial para suportar alguns dos custos. Entre eles, destacam-se os gastos de alimentação e de deslocação, bem como a disseminação do filme por festivais de cinema - não só nacionais como estrangeiros.

O filme, intitulado com o mesmo nome da protagonista, surgiu na cabeça de Rafaela porque as temáticas da mulher e do feminismo sempre a acompanharam. "Comecei a fazer muita pesquisa. Desde os livros de Simone de Beauvoir até algum cinema da Agnès Varda. Foi até numa realizadora que nem se considera feminista que eu encontrei a minha grande inspiração: a Chantal Akerman".

Uma coisa é clara. Rafaela não quer com este filme criar uma guerra contra os homens. O objetivo principal do filme é fazer uma reflexão, num tom introspetivo, da mulher. "Não queria que houvesse nada que desagradasse os homens. Não queria criar nenhum tipo de conflito nem fazer nenhum tipo de manifesto", garante.

"Este filme vai ficar como um lembrete da mulher que eu não quero ser"

Embora esteja a especializar-se em Cinema Documental, a finalista do ESMAE sentiu a necessidade de ir à ficção buscar a ferramenta de construção de personagens. Para Rafaela, "Violeta" é um reflexo de muitas mulheres ainda hoje: "Este filme vai ficar como um lembrete da mulher que eu não quero ser porque ela está em casa, confinada àquele espaço por decisão própria, a fazer tarefas domésticas. É uma típica dona de casa".

Ainda não existe uma data de estreia para o documentário mas a realizadora garante que os apoiantes serão os primeiros a ver o resultado final. "Todos os apoiantes da campanha, dependendo da sua contribuição, vão ter um convite para uma sessão exclusiva onde podem falar comigo e também com a atriz. É uma sessão mais intimista".

Até à data, a campanha rendeu... ( continua em http://jpn.c2com.up.pt/2014/03/12/cinema_crowdfunding_pode_ser_a_solucao_para_violeta.html )